No Plano Macro do MOHS- Ecovila da Lagoa, temos um núcleo de produção para Bioconstrução, onde a terra é utilizada como principal matéria prima na construção de edifícios e nas mais diversas tecnologias ancestrais, como: adobe, taipa de pilão, cob, superadobe, hiperadobe e outras. Para a construção, aplicamos a metodologia da Bioarquitetura para planejar espaços de habitação ou comercial.
A arquitetura orgânica, organicista ou, ainda, organicismo foi uma escola da arquitetura moderna influenciada pelas ideias de Frank Lloyd Wright. Apesar de ter surgido nos Estados Unidos, desenvolveu-se ao redor de todo o mundo. Um arquiteto europeu considerado organicista foi Alvar Aalto.
O conceito do organicismo foi desenvolvido através das pesquisas de Frank Lloyd Wright, que acreditava que uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas e do caráter do país como um organismo vivo. Sua convicção era de que os edifícios influenciam profundamente as pessoas que neles residem, trabalham ou rezam, e por esse motivo o arquiteto é um modelador de homens.
De uma forma geral, a arquitetura orgânica é considerada como um contraponto (e em certo sentido, uma reação) à arquitetura racionalista influenciada pelo International style de origem européia.
Estudos e pesquisas do Banco de Desenvolvimento Internacional (BID) revelam que a América Latina e o Caribe enfrentam um déficit habitacional enorme e crescente que só poderá ser atendido se os governos da região incentivarem mais investimentos do setor privado para aumentar a oferta de habitações adequadas e a preços acessíveis.
Atualmente, uma em cada três famílias na América Latina e no Caribe, ou 59 milhões de pessoas, vive em uma moradia inadequada ou construída com materiais de baixa qualidade, além de carecer de serviços de infraestrutura. Dos 3 milhões de domicílios que se formam anualmente nas cidades latino-americanas, cerca de 2 milhões são forçados a se instalar em moradias informais, como as favelas, devido à oferta insuficiente de casas adequadas e a preços acessíveis, segundo o livro “Um espaço para o desenvolvimento: os mercados habitacionais na América Latina e no Caribe”.
Nosso público alvo serão pessoas que buscam um relacionamento mais profundo e biológico com seu lar, associado com a consciência sustentável, utilizando materiais que possuem na região, além de um planejamento de acordo com a personalidade, rotinas e costumes da família ou empresa que utilizará o edifício. Há pouco surgiu uma classe de consumidores chamada de “Criativos Culturais”.
Nosso objetivo é criar a maior bioconstrutora do país, projetando e criando as edificações mais eficientes e de qualidade semelhante aos grandes nomes da construção com terra no mundo como Gernot Minke (Alemão) e Jorge Belanko (Argentino).
Segundo o maior pesquisador do assunto, Gernot Minke – Alemão, há atualmente, no mundo, edifícios construídos com terra com mais de 9000 anos de existência e que ainda estão em pé, sendo que 1/3 dessas habitações foram construídas com esse material tão abundante.
A terra é o material mais abundante nesse planeta que leva seu nome, associada a técnicas ancestrais com alto padrão de acabamento, com um conforto térmico e acústico fora do comum, jamais visto na construção civil atual.
Portanto, utilizando a permacultura no processo de planejamento de novas habitações, podemos integrar produção de alimentos, tratamento de esgoto, captação de água para chuva e, claro, dando nosso toque artístico em todos nossos edifícios.
A taipa de pilão é uma técnica construtiva que consiste em comprimir a terra em formas de madeira, denominada de taipais, onde o barro é compactado horizontalmente e disposto em camadas de aproximadamente 15cm de altura, até atingir a densidade ideal, criando assim uma estrutura resistente e durável.
Ainda não temos obras com esse tipo de tecnologia, mas será a próxima que nosso Campo de Pesquisa irá desenvolver com ferramentas pneumáticas.
